A Organização "CARE Internacional" acredita que a questão de gênero precisa ser incluída nos planos de mudanças climáticas dos países mais pobres.
Em comunidades pobres ao redor do mundo, principalmente África e Ásia, os desastres naturais afetam homens e mulheres de forma desigual. Quando os desastres acontecem, em geral, as mulheres possuem menos recursos, nível educacional e redes sociais para se apoiarem, em relação aos homens. As mudanças climáticas provavelmente aumentarão a freqüência e intensidade dos desastres naturais e, como resultado, podem piorar as desigualdades sociais entre homens e mulheres. Essas diferenças devem ser levadas em consideração nos planos para adaptação às mudanças climáticas que estão sendo desenvolvidos pelos países mais pobres no mundo.
Exemplos não faltam. Após a destruição causada pelo Ciclone Ivan em Madagascar, as enchentes do Rio Zambezi no Zâmbia e uma prolongada seca na região denominada "Chifre da África", a experiência de campo da CARE pontua que são as mulheres que carregam o maior peso das conseqüências dos desastres naturais.
Em Madagascar, a agricultora Fira Alphonsine, 45 anos, é a provedora de uma família de seis membros na vila Mahasoa, localizada no distrito de Analajirofo , região famosa pela produção de cravo-da-índia. Ela conta que perdeu as colheitas de arroz e mandioca, devido a um longo período sem chuvas que precedeu a passagem do Ciclone Ivan. Após o ciclone, a agricultora perdeu o pouco da lavoura que ainda persistia. Agora ela e sua família vivem em um campo para desabrigados atingidos pelo desastre e se preocupa em como ela alimentará a sua família.
Infelizmente os planos dos países mais pobres para confrontar as mudanças climáticas frequentemente menosprezam como os desastres naturais podem impactar diferentes grupos sociais e como os mesmo podem se adaptar às mudanças climáticas. Todos os países classificados como "menos desenvolvidos", pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima são orientados a terem estes planos, chamados de Plano Nacional de Ações de Adaptação (National Adaptation Plans of Actions- NAPA).
Os planos precisam priorizar a ajuda aos grupos de vulnerabilidade social no processo de adaptação às condições climáticas extremas. Isto significa o reconhecimento da diversidade de um país e inclui as questões de desigualdade de gênero. "Enquanto os governos e as agências multilaterais preparam respostas para as mudanças climáticas, é necessário um entendimento de que não se pode generalizar as ações", diz Dr. Charles Ehrhart, coordenador de Mudanças Climáticas da CARE Internacional. "As mudanças climáticas vão afetar diferentes regiões, idades, níveis de renda, profissões e gêneros. Homens e mulheres possuem realidades distintas e serão afetados de formas diferentes", conclui.
Fonte: http://www.care.org.br
Quem é a CARE Brasil?
A CARE Brasil é uma associação sem fins lucrativos, criada em 2001, que integra a rede da CARE Internacional - formada por um conjunto de organizações presentes em 72 países com a missão de combater a pobreza. A CARE está entre as cinco maiores organizações do mundo e compõe uma federação composta por 12 países: Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, Noruega, Reino Unido e Tailândia com sede em Genebra, na Suíça.
Como a CARE Brasil se financia?
A CARE Brasil depende de doações para executar suas atividades. Elas podem ser feitas através de recursos materiais, humanos e financeiros. A mobilização de recursos é feita tanto com doadores nacionais, pessoas física e jurídica, como no exterior. A CARE Brasil possui o título de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) o que também a habilita a firmar convênios com órgãos públicos.
Como a CARE Brasil trabalha?
A CARE Brasil trabalha com programas de combate à pobreza nos principais bolsões de pobreza do país: Nordeste rural e periferia de metrópoles no Sudeste. As duas áreas prioritárias de atuação são: educação e geração de trabalho e renda - selecionadas pelo alto impacto que têm na inclusão social das famílias.
Qual é o principal diferencial do trabalho da CARE Brasil?
A preocupação com a sustentabilidade social, econômica e ambiental. A CARE Brasil atua em seus programas como catalisadora de processos de mudança, sem concorrer com agentes locais ou substituir o setor público. Para a CARE, catalisação significa articular um conjunto amplo de agentes para identificar potenciais existentes e desenvolver conjuntamente ações inovadoras na sociedade. Desde o início de um programa, a CARE Brasil se preocupa com a sustentabilidade de suas ações, atuando por tempo delimitado numa mesma região.
Quais são os programas da CARE Brasil?
Atualmente a CARE Brasil desenvolve quatro programas: no Sul da Bahia (na Costa do Cacau), no Norte do Piauí (entre os municípios de Parnaíba e Pedro II), na periferia urbana do Rio de Janeiro (no Complexo da Maré) e na periferia urbana de São Paulo (nos distritos de Perus e Anhanguera). Os programas contribuem para a melhoria da qualidade de vida local e geram conhecimento que será utilizado pela CARE Brasil em ações de mobilização social como a participação no debate sobre políticas públicas.
Em comunidades pobres ao redor do mundo, principalmente África e Ásia, os desastres naturais afetam homens e mulheres de forma desigual. Quando os desastres acontecem, em geral, as mulheres possuem menos recursos, nível educacional e redes sociais para se apoiarem, em relação aos homens. As mudanças climáticas provavelmente aumentarão a freqüência e intensidade dos desastres naturais e, como resultado, podem piorar as desigualdades sociais entre homens e mulheres. Essas diferenças devem ser levadas em consideração nos planos para adaptação às mudanças climáticas que estão sendo desenvolvidos pelos países mais pobres no mundo.
Exemplos não faltam. Após a destruição causada pelo Ciclone Ivan em Madagascar, as enchentes do Rio Zambezi no Zâmbia e uma prolongada seca na região denominada "Chifre da África", a experiência de campo da CARE pontua que são as mulheres que carregam o maior peso das conseqüências dos desastres naturais.
Em Madagascar, a agricultora Fira Alphonsine, 45 anos, é a provedora de uma família de seis membros na vila Mahasoa, localizada no distrito de Analajirofo , região famosa pela produção de cravo-da-índia. Ela conta que perdeu as colheitas de arroz e mandioca, devido a um longo período sem chuvas que precedeu a passagem do Ciclone Ivan. Após o ciclone, a agricultora perdeu o pouco da lavoura que ainda persistia. Agora ela e sua família vivem em um campo para desabrigados atingidos pelo desastre e se preocupa em como ela alimentará a sua família.
Infelizmente os planos dos países mais pobres para confrontar as mudanças climáticas frequentemente menosprezam como os desastres naturais podem impactar diferentes grupos sociais e como os mesmo podem se adaptar às mudanças climáticas. Todos os países classificados como "menos desenvolvidos", pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima são orientados a terem estes planos, chamados de Plano Nacional de Ações de Adaptação (National Adaptation Plans of Actions- NAPA).
Os planos precisam priorizar a ajuda aos grupos de vulnerabilidade social no processo de adaptação às condições climáticas extremas. Isto significa o reconhecimento da diversidade de um país e inclui as questões de desigualdade de gênero. "Enquanto os governos e as agências multilaterais preparam respostas para as mudanças climáticas, é necessário um entendimento de que não se pode generalizar as ações", diz Dr. Charles Ehrhart, coordenador de Mudanças Climáticas da CARE Internacional. "As mudanças climáticas vão afetar diferentes regiões, idades, níveis de renda, profissões e gêneros. Homens e mulheres possuem realidades distintas e serão afetados de formas diferentes", conclui.
Fonte: http://www.care.org.br
Quem é a CARE Brasil?
A CARE Brasil é uma associação sem fins lucrativos, criada em 2001, que integra a rede da CARE Internacional - formada por um conjunto de organizações presentes em 72 países com a missão de combater a pobreza. A CARE está entre as cinco maiores organizações do mundo e compõe uma federação composta por 12 países: Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, Noruega, Reino Unido e Tailândia com sede em Genebra, na Suíça.
Como a CARE Brasil se financia?
A CARE Brasil depende de doações para executar suas atividades. Elas podem ser feitas através de recursos materiais, humanos e financeiros. A mobilização de recursos é feita tanto com doadores nacionais, pessoas física e jurídica, como no exterior. A CARE Brasil possui o título de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) o que também a habilita a firmar convênios com órgãos públicos.
Como a CARE Brasil trabalha?
A CARE Brasil trabalha com programas de combate à pobreza nos principais bolsões de pobreza do país: Nordeste rural e periferia de metrópoles no Sudeste. As duas áreas prioritárias de atuação são: educação e geração de trabalho e renda - selecionadas pelo alto impacto que têm na inclusão social das famílias.
Qual é o principal diferencial do trabalho da CARE Brasil?
A preocupação com a sustentabilidade social, econômica e ambiental. A CARE Brasil atua em seus programas como catalisadora de processos de mudança, sem concorrer com agentes locais ou substituir o setor público. Para a CARE, catalisação significa articular um conjunto amplo de agentes para identificar potenciais existentes e desenvolver conjuntamente ações inovadoras na sociedade. Desde o início de um programa, a CARE Brasil se preocupa com a sustentabilidade de suas ações, atuando por tempo delimitado numa mesma região.
Quais são os programas da CARE Brasil?
Atualmente a CARE Brasil desenvolve quatro programas: no Sul da Bahia (na Costa do Cacau), no Norte do Piauí (entre os municípios de Parnaíba e Pedro II), na periferia urbana do Rio de Janeiro (no Complexo da Maré) e na periferia urbana de São Paulo (nos distritos de Perus e Anhanguera). Os programas contribuem para a melhoria da qualidade de vida local e geram conhecimento que será utilizado pela CARE Brasil em ações de mobilização social como a participação no debate sobre políticas públicas.
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