Formas sagradas

No contato diário com a dança oriental, descobrimos padrões comuns entre movimentos. Existem cinco padrões que nos são comuns, símbolos que nos são familiares de antigas culturas e da natureza que nos cerca. Símbolos que podemos denominar de formas sagradas. Os círculos, o crescente lunar, os oitos, as ondulações e os tremidos.

O círculo
Ele é perfeito em sua totalidade. É um dos símbolos mais antigos, e representou o mistério de ser atraves de muitas eras . Os círculos são vistos em toda parte: nas luas cheias, na barriga de uma mulher grávida, nas frutas, nas células de nosso corpo, no formato dos nossos olhos e dos planetas.

O crescente
Ele é o braço simbólico dos pais que nos embalam. Tem a poderosa qualidade de um círculo aberto que pode segurar e prender qualquer coisa. Historicamente, era símbolo dos órgaos internos femininos, (útero e ovários ), e chifres sagrados dos Deuses. O crescente está no nosso rosto em nosso sorriso, está na lua crescente,nos arco-iris, na crista da onda e em tudo a nossa volta.

O símbolo do oito
No corpo da mulher, os musculos que guardam a passagem da vida , são em formato de 8 , o sistema de circulação do nosso sangue também segue em oito. A interação entre a água, o ar e a terra criam invisíveis formas de oito. Não surpreendendo que a figura do oito deitado representa na matematica o símbolo de infinito, leminiscata: "o produto das distâncias de seus pontos a outros dois pontos é fixo e constante."

Os tremidos - Shimmy
A vibração ou o tremido são formas invisiveis que nos cercam. É o tremor de excitação que se reflete na respiração, o agitar dos membros pelo medo. Como o nosso coração que acelera, nosso planeta muda e a luz brilha e pulsa. O bater da chuva no chão e o cintilar das estrelas, os relâmpagos e tempestades elétricas.

A ondulação
As linhas onduladas ou as ondulações, estão em muitas forças despercebidas em nosso universo. É a forma do espaço, o trajeto do calor, das ondas de rádio, do som. Os movimentos de uma serpente, o fluir de um rio, a barriga de uma mulher nas contrações. A ondulação nos conecta com o mais intimo, nos leva ao centro do corpo, na espinha, nos deleitando com a liberdade que temos desde que ficamos eretos. Podemos observar também as ondulações na estrutura do DNA e na aurora boreal.

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