Numa entrevista à revista brasileira “Época” o escritor sueco Peter Rost respondeu à pergunta sobre se era verdade que os laboratórios “criavam” doenças para vender medicamentos, ele disse ser “o caso da menopausa” e acrescentou:
“Sei que as mulheres passam por problemas nesse período da vida. Mas não classifico a menopausa como doença. As mulheres usam medicamentos com estrogênios para amenizar calores e melhorar a elasticidade da pele. Os laboratórios se aproveitaram dessas reações naturais da menopausa e as classificaram como graves. Quando as mulheres tomam os remédios, sofrem infarto como efeito colateral.”
As mulheres são as principais consumidoras de remédios. Elas são o alvo preferencial da propaganda médica, as mais fáceis de induzir a consumir drogas, quer pelos efeitos da sobrecarga de trabalhos que sofrem ao longo da sua vida, quer pelo medo das doenças gerado pelas suas neuroses e depressões…
Elas começaram a ser reprimidas em família quando ainda crianças, mais tarde como jovens e depois já mulheres casadas: elas têm à sua frente toda uma forma de estar que lhes é tradicionalmente imposta, ministrada pelo seu contexto “religioso e cultural”. Assim, de acordo com sistema (de saúde), elas começam muito novas a consumir a pílula para não engravidar, depois comprimidos para as enxaquecas, comprimidos para a depressão, para a fadiga, para dormir, para acordar, estimulantes para ajudar o dia, comprimidos para emagrecer, toda a espécie de antibióticos e químicos para suportar uma vida fragmentada, sem nunca saber porquê, só para poderem suportar o stress e o confronto emocional face a uma sociedade que lhe é adversa e que a trata como uma “burra de carga”, sem respeito pelo seu ser verdadeiro nem pela sua liberdade individual.
As mulheres, a grande maioria das mulheres no mundo, sofrem dessas “doenças” só porque à partida foram obrigadas a negar uma parte substancial de si, obrigadas a viver de acordo com as normas caducas que lhes são impostas pela sociedade patrista, nomeadamente no aspecto afetivo e sexual, forçadas a ser apenas mães e trabalhadoras ao que normalmente se sacrificam.
As mulheres, tenham que idades tenham, estão sempre sujeitas a um comportamento determinado e raras são as mulheres que têm consciência dos aspectos que as põem em permanente conflito consigo, e que gera distúrbios e cria os sintomas da doença psicossomática. Assim, naturalmente, são os químicos ou comprimidos, que lhes são ministrados pelo médico ou psiquiatra, que vêm “atenuar” toda uma série de efeitos do sofrimento inerente à sobrecarga física e emocional, tudo isso agravado pela repressão da sua verdadeira identidade, oprimidas por preconceitos seculares que as dividem ou presas a padrões modernos que as aprisionam a comportamentos estereotipados.
Mas é na menopausa que a mulher é mais atacada pela propaganda das farmacêuticas e pelos médicos e se tornam vítimas de doenças cancerígenas. É na Menopausa que acaba por se manifestar o efeito colateral de todas essas drogas e despoletam todas as mazelas causadas por essa luta íntima e surda perante um mundo que a rejeita e manipula a sua natureza e a explora enquanto mulher e enquanto mãe.
Quando olhamos e vemos as mulheres, mesmo as mais velhas, destruídas pela vida e por tudo o que esta lhe exigiu de esforço e sacrifício, na menopausa, a idade em que a mulher se podia libertar da carga e da canga e ter uma vida sábia e serena, é quando começam a surgir os efeitos secundários de tantos medicamentos que tomou ao longo da sua vida. Tudo isso agravado pelo medo da morte, leva a mulher a ser uma adida das drogas legais.
Agora gera-se o pânico do cancro do útero e vem o sistema atacar as raparigas mais jovens com uma vacina perigosa para “prevenir” a doença em vez de tratar as causas! Mais outro negócio milionário das farmacêuticas, que põem em risco a saúde das mulheres jovens com casos de paralisia e perda de consciência já detectados em muitos países, mesmo em Espanha onde a vacina foi proibida, só para benefício próprio.
Os Estados e Governos, sempre olharam a mulher como um ser meramente reprodutivo (no casamento) ou de uma sexualidade fácil (na prostituição) para aliviar as tensões da classe trabalhadora, como na China, que proíbe a prostituição e condena as mulheres à morte, no entanto é obrigado a promover a prostituição clandestina das jovens, de forma paradoxal e cínica, para satisfazer os milhares de trabalhadores que imigram para as cidades e não conseguem “ter” uma mulher “sua”. Não me parece que os Governos e Estados dos países ocidentais ou ditos civilizados, com excepção talvez dos países nórdicos, se importem muito no fundo e de fundo com as mulheres velhas que foram as mães, as avós e as prostitutas. Não me parece que as mulheres velhas e cansadas neste e noutros países tenham a importância que merecem e deviam ter depois de darem tanto ou tudo delas!
Elas começaram a ser reprimidas em família quando ainda crianças, mais tarde como jovens e depois já mulheres casadas: elas têm à sua frente toda uma forma de estar que lhes é tradicionalmente imposta, ministrada pelo seu contexto “religioso e cultural”. Assim, de acordo com sistema (de saúde), elas começam muito novas a consumir a pílula para não engravidar, depois comprimidos para as enxaquecas, comprimidos para a depressão, para a fadiga, para dormir, para acordar, estimulantes para ajudar o dia, comprimidos para emagrecer, toda a espécie de antibióticos e químicos para suportar uma vida fragmentada, sem nunca saber porquê, só para poderem suportar o stress e o confronto emocional face a uma sociedade que lhe é adversa e que a trata como uma “burra de carga”, sem respeito pelo seu ser verdadeiro nem pela sua liberdade individual.
As mulheres, a grande maioria das mulheres no mundo, sofrem dessas “doenças” só porque à partida foram obrigadas a negar uma parte substancial de si, obrigadas a viver de acordo com as normas caducas que lhes são impostas pela sociedade patrista, nomeadamente no aspecto afetivo e sexual, forçadas a ser apenas mães e trabalhadoras ao que normalmente se sacrificam.
As mulheres, tenham que idades tenham, estão sempre sujeitas a um comportamento determinado e raras são as mulheres que têm consciência dos aspectos que as põem em permanente conflito consigo, e que gera distúrbios e cria os sintomas da doença psicossomática. Assim, naturalmente, são os químicos ou comprimidos, que lhes são ministrados pelo médico ou psiquiatra, que vêm “atenuar” toda uma série de efeitos do sofrimento inerente à sobrecarga física e emocional, tudo isso agravado pela repressão da sua verdadeira identidade, oprimidas por preconceitos seculares que as dividem ou presas a padrões modernos que as aprisionam a comportamentos estereotipados.
Mas é na menopausa que a mulher é mais atacada pela propaganda das farmacêuticas e pelos médicos e se tornam vítimas de doenças cancerígenas. É na Menopausa que acaba por se manifestar o efeito colateral de todas essas drogas e despoletam todas as mazelas causadas por essa luta íntima e surda perante um mundo que a rejeita e manipula a sua natureza e a explora enquanto mulher e enquanto mãe.
Quando olhamos e vemos as mulheres, mesmo as mais velhas, destruídas pela vida e por tudo o que esta lhe exigiu de esforço e sacrifício, na menopausa, a idade em que a mulher se podia libertar da carga e da canga e ter uma vida sábia e serena, é quando começam a surgir os efeitos secundários de tantos medicamentos que tomou ao longo da sua vida. Tudo isso agravado pelo medo da morte, leva a mulher a ser uma adida das drogas legais.
Agora gera-se o pânico do cancro do útero e vem o sistema atacar as raparigas mais jovens com uma vacina perigosa para “prevenir” a doença em vez de tratar as causas! Mais outro negócio milionário das farmacêuticas, que põem em risco a saúde das mulheres jovens com casos de paralisia e perda de consciência já detectados em muitos países, mesmo em Espanha onde a vacina foi proibida, só para benefício próprio.
Os Estados e Governos, sempre olharam a mulher como um ser meramente reprodutivo (no casamento) ou de uma sexualidade fácil (na prostituição) para aliviar as tensões da classe trabalhadora, como na China, que proíbe a prostituição e condena as mulheres à morte, no entanto é obrigado a promover a prostituição clandestina das jovens, de forma paradoxal e cínica, para satisfazer os milhares de trabalhadores que imigram para as cidades e não conseguem “ter” uma mulher “sua”. Não me parece que os Governos e Estados dos países ocidentais ou ditos civilizados, com excepção talvez dos países nórdicos, se importem muito no fundo e de fundo com as mulheres velhas que foram as mães, as avós e as prostitutas. Não me parece que as mulheres velhas e cansadas neste e noutros países tenham a importância que merecem e deviam ter depois de darem tanto ou tudo delas!
De há um século para cá, muitas mulheres pensam que este quadro mudou e há de fato um grupo específico de mulheres que não se enquadram neste tipo que descrevo, que acederam a lugares de alguma importância e se destacaram nas universidades e na política, ou nas mais variadas profissões, mas esse grupo não atingiu o cerne do seu próprio trama e escamoteou a sua divisão interna apossando-se do estereótipo masculino, mental e sexual, e não só exibe como exige hoje em dia apenas direitos iguais aos dos homens. Eu não digo que essas conquistas não sejam merecidas e não tenham o seu valor, no entanto essas mulheres, ao se empenharam como o fizeram nas lutas partidárias e em defesa da sua emancipação económica-social e sexual, afastaram-se ainda mais da sua questão essencial através de um comportamento masculino, quando o que está em causa é aceder à consciência da essência do feminino, da verdadeira natureza e identidade do Ser Mulher que se perdeu completamente na sociedade moderna…
Para quem achar na minha visão desajustada da realidade, peço que olhem bem para a vossa vida e pensem se tiveram a paz que sempre almejaram, a felicidade que vos prometeram os católicos, a dignidade que vos prometeram os políticos…e se o vosso caso for a tal excepção à regra, olhem para as milhares de mulheres anónimas que são pouco mais de que escravas em todo o mundo!
Rosa Leonor Pedro
Artigo publicado na revista Espaço & Design (fev/mar 2009)
Para quem achar na minha visão desajustada da realidade, peço que olhem bem para a vossa vida e pensem se tiveram a paz que sempre almejaram, a felicidade que vos prometeram os católicos, a dignidade que vos prometeram os políticos…e se o vosso caso for a tal excepção à regra, olhem para as milhares de mulheres anónimas que são pouco mais de que escravas em todo o mundo!
Rosa Leonor Pedro
Artigo publicado na revista Espaço & Design (fev/mar 2009)
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