E pelas filhas queridas... por aquelas que estão aprendendo a ser sãs e sábias de novo – ou sãs e sábias pela primeira vez na vida... E assim, por todas as grandes mulheres mais velhas que percebem que não podem existir sem as jovens com quem meditar, a quem ensinar, de quem aprender, em quem encontrar humor e para quem encontrar potencial, na direção de quem se inclinar, em quem se derramar... e, do mesmo modo, por todas as mais jovens que perceberem que lhes restaria uma vida menos favorável sem a essência de uma velhinha sábia e quixotesca, com quem meditar, a quem ensinar, com quem aprender, em quem encontrar humor e para quem encontrar potencial, na direção de quem se inclinar, em quem se derramar. E assim, por todas as filhas jovens, de meia-idade e mais velhas que ainda hão de vir à lareira das avós pela primeira vez, muitas vezes ou pela última vez... por todas as grandes filhas e grandes velhas que manterão aceso o fogo desses relacionamentos sucessivos, por meio de cartas e livros, ensinamentos e reuniões, ditados e chamadas de atenção, viagens com capas e plumas no chapéu, bem como com a simples vizinhança... a todas as belas mulheres, jovens, velhas e no meio do caminho, que se procuram, que trabalham em busca de ser mãe-irmã-filha umas para as outras, que estão se dando conta de que são El refugio, um verdadeiro refúgio umas para as outras... por aquelas que percebem que estão juntas para que a menos experiente e a mais experiente possam um dia encontrar seu lar... o lar: aquele lugar da alma habitado com maior persistência à medida que a mulher acumula em torno de si seus anos de sabedoria... o lar: qualquer lugar onde haja necessidade do Amor, abrigo para o Amor, enaltecimento do Amor...

Por elas...
por todos os corações peregrinos...
que sempre possam se encontrar e não passar sem se ver,
mas que permaneçam perto umas das outras e que se fortaleçam,
e com isso fortaleçam os perímetros e portais
do mundo da alma confiados à sua guarda.

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