O Poder inato da Mulher

"Emponderamento"
- De há algum tempo a esta parte tem-se vindo a ouvir cada vez mais o termo ou a expressão “empoderamento”, directamente traduzido do inglês empowerment. No entanto, este termo não significa o mesmo que o uso do poder usado pelo homem sobre a natureza e a mulher, ou da mulher sobre o homem, qualquer tipo de poder pela força digamos, imposto, mas um poder interior inato ao ser humano, o seu potencial ignorado e que visa retomar ou tomar consciência das suas infinitas capacidades através de uma nova consciência mais alargada do seu valor intrínseco e ao mesmo tempo do cosmos e da espiritualidade em si.

Enquanto antes, o poder do homem histórico, era inexistente ou nefasto, ou era (e é ainda) de guerra, conquistas e destruição ou se subjugava ao poder supremo de deus, que o condenava ou premiava de acordo com o bem e o mal praticado, e a mulher, a partir das invasões bárbaras, escravizada ou simplesmente subjugada ao poder do homem e condenada ao vazio. Penso que agora o Ser Humano começa a tomar consciência de que esse poder está em si mesmo também e não só no céu, que ele está na terra e não só algures dependente de um Deus prepotente. Refere-se em suma este novo termo, creio bem à consciencialização e ao exercício do poder interno, divino, daqueles que o não tinham consciente, ou que o tinham e não o usavam, no caso do ser humano, em geral, mas que neste caso específico para mim, como mulher, significa sobretudo o resgatar primeiro das capacidades e dons do feminino e da sua afirmação face ao poder material do homem e o seu domínio, para que então ela se situe face ao seu poder divino, através do Sagrado Feminino denegrido (renegado pela igreja de Roma ao longo dos séculos) ou o resgatar da Consciência do Princípio Feminino activo no Planeta.

O Novo Poder da Mulher é intrínseco e não corresponde ao dar poder à mulher em forma de cargos políticos a chefias ou pelo “direito” (aberrante) de cumprir o serviço militar! E é aqui que eu me desvio do Feminismo. Não, nada disso, não se trata de direitos iguais nem igualdades sexuais ou outras mas de diferenças; trata-se sim de devolver-lhe as suas capacidades inatas e a liberdade que lhes foram retiradas. O direito a ter voz activa, usar a sua própria Voz que é a Voz do Útero a Voz dos Oráculos e da mediunidade, canal que é das forças cósmico e telúricas por excelência.

Isto é o que eu entendo por este termo tão mal traduzido e que dificilmente poderemos traduzir de outra maneira o que levará novamente a muitos equívocos pois mais uma vez tomar-se-à o poder da mulher como sinal de domínio ou de força e esse não é o Poder real da Mulher! NÃO! Não é o poder da mulher que eu quero impor! Não é desse poder que eu falo. Não é o poder da força bruta de competição e ego, que nós tão bem conhecemos, com o domínio de uns sobre os outros ou a inversão dos termos que é o que sugere a ideia de poder…Mas a possibilidade da União dos dois Princípios, a fusão dos opostos, a integração do feminino e do masculino dentro e fora de cada SER HUMANO.
MAS QUE SER HUMANO?
Deixo aqui explícita uma noção vaga do que foi o apagão histórico ou branqueamento histórico e social da Mulher-Mãe-Deusa-Terra que é o facto académico e linguístico, imposto pelas Universidades patriarcais há séculos, de que cada vez que falamos de humanidade dizemos o Homem.

A minha sugestão é a de que, de hora em diante, cada vez que tivermos de falar em sentido de Humanidade, que digamos sempre O Ser Humano e nunca mais o Homem porque é um termo absolutamente exclusivo e que nega a identidade da Mulher como ser autónomo e o homem como soberano. Porque a sermos parciais se o termo Homem abrange a mulher, mais depressa devíamos dizer referindo-nos à Humanidade como Mulher ou Mater, pois Ela é a Matriz, é Ela quem em si contém o homem da concepção ao nascer dando-o à Luz, dando-lhe Luz em vida no Amor, mas também é ela que o recebe no seu Útero de Terra Mãe…quando morre.

...SIM, PODE SER QUE O PAI ESTEJA NO CÉU, MAS AQUI QUEM GERA É A MULHER...rlp

Nenhum comentário: